quarta-feira, 29 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dizer Poesia é Melhor do Que Dizer Eu te Amo

Desculpa, por Ana Carolina

domingo, 26 de abril de 2009

Promovendo Perguntas, esse é meu barato.

Pq faço Teatro, Pq estou fazendo "Do Alto do Seu Encanto"?



Quando me perguntaram Por que Fiz o espetáculo "Do Alto do Seu Encanto", ao invés de responder simplesmente, resolvi fazer um verbete poético visual e de quebra com este verbete homenagear soldados da arte contra a barbárie. São estes soldados o escritor John Boyne, o cineasta Mark Herman, e o produtor cinematográfico David Heyman.






PORQUÊ PAI?

É por isto que eu faço arte.
É por isto que eu promovo perguntas.


Infelizmente, Tenho alguns amigos assim...

Esse post eh pq Infelizmente, nesta vida cultural, as vezes a gente nao se toca de que alguns amigos nossos, que puxam unzinho aqui, uma cafungada ali, acabam por se enfiar (em nome da liberdade e do prazer) em enrrascadas dificeis de sair. E as vezes por tras de uma inocente busca por emocoes fortes, acaba-se assim.



Essa eh uma campanha do governo londrino. E um recadinho meu a vc, vc tb, e vc tb... e meu conselho eh... Transforma esse desespero por fugir da realidade em ARTE... dah certo!... beijos.

DEUS tomou a batuta de Franco Zefirelli e foi ELE quem dirigiu esse filme


Esse filme soh pode ser DIVINO. Revi Irmao Sol e Irma Lua e me reapaixonei.

Se eu pudesse obrigar todas as pessoas que passaram pela minha vida a assistirem este filme, certamente obrigaria. Quem sabe nao institucionalizo uma cancela antes de me conhecerem, e a senha serah esta... VC VIU Irmao sol passa, nao viu... fora.

Atenção Atores: A tal cena que peço pra que ESTUDEM

DÚVIDA (Quem é o melhor em cena)



Philip Seymour Hoffman - Não há duvidas, este sim é o melhor. Até o meio do filme a sua "dissimulação", depois sua "culpa" e depois as duas coisas juntas. É um ator de muitos recursos.

Meryl Streep – Não votaria nela, apesar de sua atuação ser brilhante. Meryl sabe jogar, sabe contracenar, é por isso q foi tantas vezes indicada, e neste tb.


Amy Adams - Nem deveria estar indicada ao Oscar com tantas atrizes fantasticas, mas acho que está aí por contracenar na linha de fogo com Meryl, Hoffman e Viola. Ela segura bem, chorosa e tensa na maioria dos momentos.

Viola Davis - Ela tem apenas 1 ou 2 cenas no filme todo, mas se vc observar seu olhar, vai perceber que em sua cena com Meryl ela conta todo o filme, seus olhos são mesmo a janela do mundo, exemplo de atuação, exemplo de construção de personagem e exemplo de quando um ator/atriz atua sabendo que por tras de suas palavras, há um subtexto latente. Aliás quem quiser entender um subtexto, assista ou estude a cena de Viola Davis.

Quem quer ser um Milionário, por Rubens Ewald Filho


Gosto tanto do Danny Boyle. Gosto tanto de Rubens Ewald Filho. Gosto tanto deste texto dele, que abri meu espaço para reproduzir e dizer que concordo com tudo, em gênero, número e frame.

Quem quer ser um Milionário, Por Rubens Ewald Filho

Agora tudo muda de figura e as pessoas vão começar a reclamar, dizendo que o filme não é tudo isso, que não tem cara do Oscar e assim por diante. Nada mais normal. Até agora esta modesta produção inglesa, rodada na Índia, era um filminho que como David enfrentava os gigantes de Hollywood, como Benjamin Button que custou três vezes mais do que ele. Agora depois de levar oito Oscar (filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, trilha musical, canção, som, ou seja todos os principais menos interpretação), virou fenômeno e chegou o momento de ter o backlash, a onda contra. De qualquer forma, vocês sabem que este era meu filme favorito do Oscar 2009. Um filme pequeno (relativamente) da Fox Seachlight (o Miss Sunshine deste ano). Uma produção britânica toda rodada na Índia, que nos dá uma visão exuberante, moderna, de emoções fortes e contrastantes, e que era o único dos concorrentes até agora ao menos, que não é depressivo ou trágico. Um filme bem de acordo com a Era Obama, em que os americanos enfrentam o futuro com apreensão, mas com esperança, acreditando que as coisas podem virar e melhorar. A fita tem essa mensagem positiva e isso conta muito neste momento, é a hora certa.

Quem dirige é Danny Boyle, que chegou a ser indicado como roteiro pelo filme que o revelou que foi Trainspotting, em 1996. Mas ele não estava de passagem e demonstrou isso numa carreira com altos e baixos, mas sempre um domínio técnico notável. Boyle experimentou Hollywood e viu que não era sua praia (Por uma Vida Menos Ordinária), fez uma digna adaptação de A Praia (mas foi engolido pelo fenômeno Di Caprio), deu a volta por cima com o terror, Extermínio (02), o delicioso Caídos do Céu (04) e o bom Sunshine – Alerta Solar (07). Mais versátil do que Guy Ritchie tem certa semelhança com ele pelo gosto de edição rápida, muitos planos em ritmo de music vídeo. Mas não esquece do conteúdo, nem de um roteiro muito preciso, o que fica claro aqui.
Esta é a historia (fictícia) de um adolescente pobre indiano que concorre a um programa tipo Jogo do Milhão do SBT. Ele acerta tanto que a própria produção do programa o entrega para a polícia suspeitando de fraude. Ele começa sendo torturado (aliás o plano inicial é ótimo pondo em formato de escolhas múltiplas o que ele estaria fazendo ali no programa) até ir confessando a relação das respostas com sua vida atormentada e muito pobre.
Tem um pouco de Salaam Bombay, Cidade de Deus, de tudo que se ouve da Índia antiga em contraste com a moderna e rica da Mombai (ex Bombaim) de atualmente. Só que os flash-backs não são tradicionais, a vida dele vai se desenrolando, mostrando como foi muito pobre, como a mãe foi morta por ser mulçumana, como foi parar nas mãos de explorador de crianças, como ele e o irmão protegeram uma menina órfã e se intitularam os três mosqueteiros.
Não há dúvida que algumas soluções são rocambolescas, ou melodramáticas, ou mesmo exageradas. Mas é obviamente um conto de fadas assumido. No contexto do filme funcionam lindamente até porque o filme não deixa de respeitar as convenções do cinema hindi (interrompe o beijo na boca, conclui com um grande numero musical). O bacana é que Boyle sabe dirigir atores (quase todos desconhecidos e amadores) e capturar a atenção do espectador. Fiquei cativo dos personagens, das cenas, da narrativa, do visual, me envolvi com a história e por varias vezes vibrei. Foi um prazer ver o filme e com alegria vou assisti-lo novamente. Tomara todo filme do Oscar fosse assim.

Benjamin Button e Brad Pitt

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Aulinha de Sean Penn e o rabo de Harvey Milk


Esses dias motivado pelo Oscar 2009, assisti Milk, A Voz da Liberdade, o filme conta a historia do vereador ameriacano Harvey Milk, que foi assassinado nos anos 80, por um outro vereador, eles defendiam lados opostos. Harvey era o primeiro politico americano a assumir sua homossexualidade e também defender as causas da classe, instituiu leis contra homofobia e conseguiu derrotar uma lei que quase proibiu professores gays de lecionar em seu estado.
Hoje dirijo uma peça de teatro que fala sobre preconceito, fala de um menino que tem um rabinho, num lugar onde os seres que tem rabo são condenados a morte ou expulsão. Nada mais adequado do que assistir em caracter de pesquisa este filme. Ora, esse vereador e os gays de S.Francisco nos anos 80 lutaram pelo direito a ter seus rabos. A serem diferentes e não ser menos respeitados por isto. Você imagina se essa lei passa, e gays são impedidos de dar aulas. È como se falassemos que se um professor preto quando ensinasse Geografia, seu aluno fosse empretejando, e no final do curso, estivesse "negão". Ou um professor palmeirense, conseguisse "contaminar" e na 5ª ou 6ª série, os alunos que entraram na quarta-serie corinthianos estivessem todos agitando bandeiras verdes e se intitulando "porcos". Realmente, vejo que cada dia que passo acertei em escolher o tema para "Do Alto do Seu Encanto".
Mas vamos lá: E quem é aquele Sean Penn, como ele se transforma. Queria dizer aos atores que acessam meu blog, para prestarem atenção em 2 coisinhas: A cara feia e dificil de Sean Penn, e como ele transforma sua cara feia e dificil em uma tela em branco. Como ele desenha emoções naquela cara feia. Como ele rabisca raivas e amores naquela boca torta e nariz esculachado. Como Sean Penn faz bem a quem é diretor. Ele desenha sentimentos, ele não mostra sentimentos. Ele é gay hoje, amanhã ele pode ser Skin-Head, com uma facilidade e uma feiura contagiante. Acredito que Sean Penn convenceria até se fizesse papel de homem belissimo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Talvéz a Musica mais Linda do Mundo

Todo o Sentimento Chico Buarque Composição: Chico Buarque e C. Bastos
Preciso não dormir Até se consumar O tempo da gente. Preciso conduzir Um tempo de te amar, Te amando devagar e urgentemente. Pretendo descobrir No último momento Um tempo que refaz o que desfez, Que recolhe todo sentimento E bota no corpo uma outra vez. Prometo te querer Até o amor cair Doente, doente... Prefiro, então, partir A tempo de poder A gente se desvencilhar da gente. Depois de te perder, Te encontro, com certeza, Talvez num tempo da delicadeza, Onde não diremos nada; Nada aconteceu. Apenas seguirei Como encantado ao lado teu.

Valter Vanir Coelho julga o Oscar 2009


Melhor diretor: - Danny Boyle - “Quem quer ser um milionário?”Parecido com Cidade de Deus, do brasileiro Fernando Meirelles, a direção agil e folhetinesca de Boyle faz o filme ficar melhor do que seria. Seu roteiro cheio de erros foi magistralmente dirigido, e podemos dizer que Milionaire é um filme de diretor, o resto é parafuso.
- David Fincher - “O curioso caso de Benjamin Button” Filmão. Filme desses longo, cheio de tempos, milionario e superproduzido. Bem orquestrado por Fincher. Mas não dá a ele um mérito, a não ser o da escolha.
- Gus Van Sant - “Milk - A voz da liberdade” Gus é sempre surpreendente. Mas em Milk ele tradicionaliza sua direção. Talvez por mexer num tema polemico, e real, ele não ousa, e isso é mérito, pois contar uma historia verdadeira, é quase fazer história didática. Mesmo assim ele consegue fazer um filme sem nenhuma chatisse e com uma forte mão artistica.
- Stephen Daldry - "The reader" Consegue chegar a uma direção sem estrionismos. Correta.



Melhor ator: - Mickey Rourke - “The wrestler” Até onde Rourke é o personagem de si mesmo, reaparecido depois de tantas polemicas, brigas e drogas, ele mais parece o interprete de sua luta contra a decadencia. Mas este jogo de cena faz parte de Hollywood. Seu personagem é excelente e sua escolha acertada, daria um premio para o diretor de casting, não para ele.
- Sean Penn “Milk - A voz da liberdade” "Cara de Borracha", como chamam os atores que mudam as feições lá na terra do Tio Sam, Sean Penn impressiona mesmo. Ele faz um politico homossexual e nos convence do que ele quiser. Ele tem o poder de transformação. Mas o que deve-se prestar atenção é como ele "constróe" tipos e estereótipos, sem perder a naturalidade. Um Chico Anysio, Murilo Benício, devm morrer de inveja.
- Brad Pitt - "O curioso caso de Benjamin Button"
Outro exemplo de prêmio para o diretor de casting, Pitt é o ator certo para o papel. Mas Pitt tem um carisma correto, mas em todo o filme nunca deixa de ser Brad Pitt, pq ele é maior que Benjamin Button, uma grande pena, pq ele é sempre muito esforçado pra não virar vitima de sua excelencia.



Melhor atriz: - Meryl Streep – “Doubt” Não votaria nela, apesar de sua atuação ser brilhante. Meryl sabe jogar, sabe contracenar, é por isso q foi tantas vezes indicada, e neste tb.
- Kate Winslet – “The reader” Essa é a Meryl da nova/média geração. Acho que merece um Oscar. Sua atuação empolga e salva o filme.
- Angelina Jolie – “A troca” Mais do que linda e gente boa, caridosa e humanitária, Jolie é boa atriz. Ela faz neste filme sua redenção e consegue abrir caminho prum Oscar mais tarde.

Melhor ator coadjuvante:
- Heath Ledger - “Batman – O cavaleiro das trevas” Ele rouba mesmo o filme. Mas isso nunca quer dizer q seja a melhor atuação do ano, e sim daquele filme, deve vencer pelo sentimentalismo velhaco do mercado americano, mas mesmo injusto, não reclamaria.
- Josh Brolin - "Milk - A voz da liberdade"
Longe de ser a melhor atuação coadjuvante do filme, Diego Luna e James Franco o põe no chinelo. Mas sua versatilidade merece essa lembrança de Hollywoood.
- Robert Downey Jr. - "Trovão tropical"
Imprescionante caracterização. Este sim é um excelente ator. Se as drogas o prejudicaram em Hollywood, seus maquiadores o estão ajudando muito.
- Philip Seymour Hoffman - "Doubt"
Não há duvidas, este sim é o melhor. Até o meio do filme a sua "dissimulação", depois sua "culpa" e depois as duas coisas juntas. É um ator de muitos recursos.


Melhor atriz coadjuvante: - Amy Adams - "Doubt" Nem deveria estar indicada com tantas atrizes fantasticas, mas acho que está aí por contracenar na linha de fogo com Meryl, Hoffman e Viola. Ela segura bem, mas chorosa e tensa na maioria dos momentos.
- Viola Davis - "Doubt"
Ela tem apenas 1 ou 2 cenas no filme todo, mas se vc observar seu olhar, vai perceber que em sua cena com Meryl ela conta todo o filme, seus olhos são mesmo a janela do mundo, exemplo de atuação, exemplo de construção de personagem e exemplo de quando um ator/atriz atua sabendo que por tras de suas palavras, há um subtexto latente. Aliás quem quiser entender um subtexto, assista ou estude a cena de Viola Davis.
- Taraji P. Henson - "O curioso caso de Benjamin Button"
Nada a ver sua indicação. Ela é apenas carismática. Mas não faz um trabalho com este mérito.
- Marisa Tomei - "The wrestler" Marisa é sempre muito boa, no filme ela está muito bem, se não houvesse Viola Davis neste mesmo ano, sua atuação seria mais imprescionável.


Melhor longa de animação: - “Wall.E” Não há como negar que a Disney/Pixar é a mais criativa e seu acabamento é impressionante.
- “Kung Fu Panda” Peca pelo excesso de bobagem.

Melhor roteiro original: - “Milk – A voz da liberdade” O filme vale por Sean Penn, não sei se o roteiro sobreviveria sem ele.

Melhor roteiro adaptado: -
“O caso curioso de Benjamin Button” Roteiro bastante adaptado do original,quase um novo comparado ao livro, nos leva a 3 horas de filme, talvez o tempo seja o que impõe o cansaço ao fim do filme.
- “Doubt” Não há duvidas de que é o melhor roteiro dos indicados, mas até onde será q este roteiro não foi melhorado com as interpretações de Meryl e Hoffmann?
- “The reader” Otima adaptação. Prima por detalhes de muito boa dramaturgia.
- “Quem quer ser um milionário?” Aventuresco. O roteiro não é tão bom, mas Boyle, o diretor, consertou muito dos erros que persistem na edição final.

Melhor direção de arte:
- “A troca” Sem duvida o melhor. Faz uma viagem de volta impressionante, marca.
- “O curioso caso de Benjamin Button” A arte é a melhor coisa do filme.
- “Batman – O cavaleiro das trevas” A criação de objetos é o grande mérito da arte do filme.

Melhor fotografia: - “A troca”, linda, nos remete aos melhores filmes europeus, tons escuros revelam mais do que o filme quer mostrar.
- “O curioso caso de Benjamin Button” Lindo, mas não empolga.
- “The reader” Bem cuidada, e mostra grandes distorsões de lente, muitos recursos computadorizados, é bonita, mas é artificio.
- “Batman – O cavaleiro das trevas” Tem méritos, mas passa discreta.
- “Quem quer ser um milionário?” Também não deixa de usar suas lentes, mas faz isso com mais competência. Difusa e realista as vezes.

Melhor edição de som:
- “Batman – O cavaleiro das trevas”, não faz jus a indicação.
- “Quem quer ser um milionário?”,tem méritos e recria padróes.

Melhor trilha sonora original: - Alexandre Desplat - “O curioso caso de Benjamin Button” Não vejo porque a indicação, achei obvia demais.
- Danny Elfman – “Milk – A voz da liberdade” Cria tensão, bom exemplo de Trilha a favor do filme e não concorrente dele.
- A.R. Rahman – “Quem quer ser um milionário?” Diferente. Eu votaria nela.

Melhor figurino:
- “Austrália” aposto sempre num bom filme de época. Por isso acho q este deve ganhar.
- “O curioso caso de Benjamin Button” Como passa por muitas épocas, a pesquisa deve ter algum peso na decisão da academia.
- “Milk – A voz da liberdade” gosto do figurino, é real, mas mantém um q cinematografico.


Melhores efeitos especiais:
- “Batman - O cavaleiro das trevas” Os efeitos são obvios.
- “O curioso caso de Benjamin Button” Má indicação, nada que impressione ou que deixe algo de "curioso".

Melhor maquiagem:
- “O curioso caso de Benjamin Button", realmente Brad Pitt no inicio do filme está irreconhecível, mérito da maquiagem, pois nas ultimas cenas ele consegue convencer que é um adolecente, de verdade acho que merece.
- “Batman – O cavaleiro das trevas” Não gostei das maquiagens, carregadas e um pouco "sujas".

Poesia Audio-Visual

Olha a leitura leve dos meus fins de noite...


“A Vida Sexual dos Ditadores” é o mais novo lançamento da bombástica coleção “A Vida Sexual”. Escrito pelo renomado Nigel Cawthorne, que também é autor do primeiro título da coleção: “A Vida Sexual dos Papas”, este livro certamente surpreenderá os leitores diante das peripécias sexuais de famosos ditadores, como Napoleão, Lenin, Mussolini, Hitler e Fidel Castro. Ricamente ilustrado, apresenta também uma vasta bibliografia, índice remissivo e escândalos que irão despertar a curiosidade e conquistar todos os leitores.

“Ditadores tediosos são raros. Pense nisso. Você é um ditador, governa milhões de pessoas. O que você mandar será feito. A tentação de usar esse poder ilimitadamente deve ser irresistível”, diz o autor. Isto nos leva a perceber o quão tumultuada deve ser “A Vida Sexual dos Ditadores”, o que nos induz a darmos uma espiadinha nas movimentadas páginas deste livro.

Entre outros que aparecem na obra e que também possuem uma vida sexual movimentada, está Napoleão Bonaparte, que era bastante tímido, sem muito jeito com as mulheres e preferência notável pelas mais velhas. Diziam também que seu corpo tinha a aparência semelhante ao das mulheres – inteiramente desprovido de pêlos -, além de possuir peitos cheios e arredondados e o pênis pequeno demais. Também aparece Lenin, que fazia sucesso com as mulheres e tinha especial atração por aquelas que se envolviam com a luta revolucionária e, posteriormente, por mulheres da classe rica. Sua marca registrada eram os casos extraconjugais. Já os casos de Mussolini tinham sempre as mesmas características: ele possuía as mulheres de forma selvagem e egoísta, intimidando-as e maltratando-as. Pensava apenas no seu próprio prazer e mantinha casos extraconjugais, com o conhecimento da esposa. Fidel Castro também entra na galeria das turbulências sexuais. Foi criado por padres e não namorou ninguém antes de ingressar na faculdade. Casou-se cedo e logo depois se separou, pois se apaixonou por outra mulher, com quem manteve um romance extraconjugal por um considerável período. Passou a ter curtos romances, onde trocava de parceiras com bastante freqüência, o que lhe conferiu o título de “Casanova de Cuba”. Também não se preocupava muito com as mulheres, mas apenas com seu próprio prazer.

A patética, lamentável e pervertida vida sexual de Hitler merece destaque. Mas essa deixo pra vc ler o livro.

Sobre o autor: Nascido na Inglaterra, em 1951, Nigel Cawthorne, estudou Física na University College, mas acabou enveredando pelo jornalismo. Já escreveu para mais de 150 jornais e revistas em ambos os lados do Atlântico. Isto resultou em dois grandes livros de cunho político: The Bamboo Cage e The Iron Cage, o que lhe rendeu certa impopularidade com os governos da Inglaterra e dos Estados Unidos. Atualmente, reside em Bloomsbury, um local tradicionalmente literário de Londres, mas freqüentemente passa um tempo nos Estados Unidos. No total, publicou mais de 60 livros em diversos idiomas, entre eles: russo, italiano, espanhol, francês, alemão, esloveno, polonês, lituano e letão. Confira mais detalhes em sua website: www.nigelcawthorne.com

Griselda, uma figurinista, uma floresta, um encantamento


Uma dia num cavalo branco, cavalgando com sua espada brilhante e cravejada de rubis assisti a chegada de Griselda, ela entrou em minha vida, me arrebatou da minha esteira de vaidades, lameou minhas pantufas rodriguianas e pintou de branco minhas vestimentas gregas de sabedoria. Estava eu, sentado no chão, lugar exato, assistindo um grupo teatral colombiano, me esforçava a entender seu rapido castelhano, e do cavalo citado antes desceu Griselda. Ela espanhola, morava na Colombia, mas nos conhecemos em solo argentino, mas isso eu so saberia na madrugada de 2006, mas ainda era manhã ensolarada, de dois dias antes do fim de 2005. Ali no chão, sentados lado a lado, descobri seu flerte com um ator do grupo de teatro de calle, pensei cafagestamente, nem Deus recusaria a cama de um casal assim. Foi ai que vi em seu pulso uma fitinha do Bonfim. A fita era de uma amiga brasileira dela, que havia amado durante anos aquele ator de olhos verdes e cabelos azuis, mas isso eu so saberia quando fizesse carinho em seus cabelos azuis, 1 ano depois, ou mais. Quando ela dividiu sua agua comigo, descobri que tinha unhas vermelhas, roidas... pintadas por ela mesma, subi meus olhos e descansei em anéis retorcidos feitos pelo namorado de cabelos azuis, mas que ele os talhou so saberia quando seu cavalo branc partisse e me deixasse olhando firme uma pista de pouso cinematograficamente molhada. Griselda costurou as roupas do grupo que apresentava a historia de um poeta que nao tinha canetas, e escrevia com que a floresta colombiana fornecia. Nunca conheci a floresta colombiana. Griselda costurou a mão as roupas, mas tinha maquina de costura em Calli, onde morava. O menino de cabelos azuis era bom ator, cantava bem, e tinha talento para um batuque. Tres ou quatro dias depois ele com seus cabelos em minha barriga e entre meus dedos, me contaria sobre os olhares de Griselda, que ela acabara de se formar na UCLA, mas numa sede da University of Los Angeles que fica em Toronto, no Canada. Ela havia feito Belas Artes, mas especializara em roupas para teatro. Ela amava branco, tecido branco em cena, mas isso so descobriria quando ela mandasse me chamar no MSN para me mandar o desenho do Pixinguinha, 3 anos depois. Quando eu, e o anjo de cabelos azuis trocamos um terno beijo na buchecha esquerda minha, com labios um pouco molhados de tequila e asperos de sal, fiquei sabendo que jah amava Griselda e que ela cuidava de meninos que sofrera maus tratos pelas guerrilhas das Farc Colombianas. Griselda me aproximava de uma sigla que achava distante e ficcional. O menino dos cabelos azuis penetrava nas noites portenhas uma mulher que desafiava o narcotrafico selvagem para salvar crianças, infantes, guris.
O menino de cabelos azuis beijava pelas esquinas argentinas na minha frente, como uma provocação, uma boca que bradava contra americanos, equatorianos, chavistas e cartelistas, bradava por meninos que perdera mãos, pernas e dignidades por um tenis Nike ou por uma vida melhor.
Minha Griselda, faria nossos figurinos de Do Alto do Seu Encanto, mas me encantaria, me enfrentaria, desceria de seu cavalo de heroina contra heroinas e cocainas, sentaria na sela do chão e me convenceria de que quando grande fosse, ou encantado vivesse, teria cabelos azuis. Para beijar-lhes sua coragem e suas agulhas de tecer roupas de teatro. Dois anos depois saberia que o menino de cabelos azuis, agora os usava castanhos, como os meus.

Texto de Valter Vanir Coelho. Anna Griselda Santaolla tem 32 anos, mora em Calli, Colombia, trabalha para a ONU nas Forças Integradas de Paz captaneada pela Cruz Vermelha, formada pela UCLA-CA em Belas Artes, assina o figurino de Do Alto Do Seu Encanto.
Postado por www.ciasemmascaras.com.br às 00:02 0

O Nascimento do Texto

(leia primeiro o texto anterior, para vc entender este)
Dois Dias e um Mês Depois, caminhava no San Martin em Buenos Aires (foto), lia um Trevisan, lembrava delas. Deitei sobre a grama, dedilhei meus pêlos por baixo do jeans, e estava em paz.

Amava e era amado. Já tinha a sorte divina de não ter mais adolescentes em minha cama e em minha grama vermelha de veias pulsantes, agora meu amor já era adulto e eu havia esperado anos por isso. Ate que avistei uma placa que proibia a entrada de "perros", imaginei... Um proibiria perros, outros negros, outros gatos, alguns maranhenses, aqueles bolivianos, aquela atores globais, você funkeiras, minha mãe umbandistas, a ruiva spilberguianos, meu tio travestis, a irmã do meu amigo o Jorge, o meu aluno proibia o professor, a morena algumas loiras, a Andréia Barros não deixaria a Andréia Lopes, o Hitler os judeus, a loira proibiria as petistas, as petistas as patricinhas, as patricinhas as putas de cinco reais. Se uma daquelas atrizes bem fodidas tivessem um útero bom, e não ressecado por Yasmin, Femiane, Etinilestradiol ou Levonorgestrel estaria eu com um filho conhecendo Saint Martin. O filho que infelizmente ainda não tenho por ser esse vádio-teatrológo USPiniano. Pensei agora de bolsa escrotal murcha e Trevisan arriado: "Quem meu filho proibiria entrar nesse parque?" "Quem meu filho (parte de mim) mandaria matar, se maldoso fosse?" "Quem, quem eu amasse e adorasse, odiaria?" "Quem, que fosse mais eu do que eu mesmo, tiraria do mundo das gramas verdes e macias?" "Quem, teria um defeito tão grave, que expeliria pra fora de meu útero masculino, das trompas do mundo?" "A que e a quem eu contra meu filho teria que incluir na Lista do Spielberg?". Nessa época, decidi que meu filho poderia ter nascido com um rabo, ou com leucemia, ou com cancro, ou ate sem um dedo... e quem o impediria de entrar nesse parque? Me deu medo, me deu tanto medo, que escrevi esse texto. Apenas um detalhe que não quero que voces esqueçam, nesses dias eu amava e acreditava ser amado, quando se está assim, mesmo a reflexão da maldade fica mais poética.

O Nascimento da Idéia do Texto, por Valter Vanir Coelho


Resolvi contar aqui o nascimento e trajetória do nosso espetáculo Do Alto do Seu Encanto, digamos que o processo e não a estrada. Começo com o nascimento do texto e da idéia. Para quem me conhece um pouco, e isso não me incluo, porque sou um desconhecido para mim, sabe que sou um indignado, um trouxa enganado por todos, que sofre por vocação e que às vezes choro por não conseguir chorar o tanto que queria e que esse mundo mereça... digo que eu há muitos anos atrás estava indignado diante de uma penca de bananas, bananas de saias e de calcinhas de renda, vermelhas ou branquinhas de algodão, com minha vontade de introduzir nelas algo mais alem do que já sabia que era inevitável, me lancei numa missão suicida "observá-las" antes de degustar suas carnes embebecidas de cremes caros e boticários da Natura. Nessas observações deparei-me com o vai-e-vem de seis ou oito peitos durinhos, e idéias bem flácidas.

Uma ruivinha, que ohava seus pêlos púbis originais, me falava de que fazia teatro e gostava dos hippies, mas ela não sabia do Hair, nem do Ademar Guerra e não cantarola Aquatius, no máximo se achava sábia por conhecer o Lirinha e seus cordéis. Antes de beijar suas sardas entre as pernas, repensei a hippie de merda que estava entre as minhas...

Perguntei sobre um judeu que nomenclaturou a contracultura e ela achava linda a palavra. Deixei a no esquecimento de meus testículos. Uma nádega com uma florzinha tatuada no centro, deitada numa cama igualmente juvenil, rebolava e repetia que fazia artes cenicas desde os 10, ou 12, aquela bundinha tão empinada fazia USP, achei inacreditável que alguém que estudasse na USP pudesse ter bunda tão dura e empinada, mas olha aí os sinais dos novos tempos. Entre pêlinhos dourados, meu nariz a ouvia, me dizia sobre um filme antigo, quando me indagou sobre o Spielberg, "Ele é judeu?" "Diretorzinho comercial, não acha?" e ela quase como uma Ewald Filho de saias, dizia maldições a seu respeito, foi ai que tudo se feneceu. A vadia-quase-virgem, trobetiou "Seus filmes visam à bilheteira e a bilheteria", pensei na burrice perdoável das universitárias, e me calei... Essa era morena. Quando a loirinha com a língua em minha orelha me desafiou, eu respondi que achava "A Cor Púrpura uma obra-prima". A USPiniana não havia visto. Repeti que o "Inteligência Artificial me emocionara", bobo que sou... entre lamber e falar, a loira preferiu falar, e disse que achava o Jude Law um gato, e se imaginava em seu penis robotico, nenhum de nos éramos bobos, mas como qualquer magra-sem-esforco ela era blasé. Falei sobre "Louca Escapada" e "Império do Sol", que a loirinha confundiu com o filme "da mulher do ovo", sua ignorância era compreensiva.

Mas quando falei de "A Lista de Schindler", a resposta quase, e olha que quase é verdadeiramente muito, quase me amoleceu o falo. A morena de barriga musculosa, de umbigo fundo adornado por uma jóia versace-falsificado, repetia meu nome e me perguntou "è verdade que Hitler era casaso com uma judia?". A loira nua e educada, sentou na cama branca e resolveu re-esticar o lençol, e tímida me disse que não gostava de falar em Hitler... "Que assunto pesado Valtinho", mas segundos depois "Odeio os evangélicos", propagou! Voltando à ruiva, ela disse que achava que os franceses é q estavam certos, "Xenofobia é patriotismo invejável", vomitei nos lençóis esticados, mesmo sem nenhum fluido. Tentando se igualar em faculdade mental uma delas apertava o seio entre minhas bolas e dizia que se tratando de Coreanos da 25, ou de lanchonetes do centro, ela era quase hitleriana. Dramaturgo que me preservo, abri o frasco da observação e incitei polêmica. A burguesa filha de classe media alta, criada em condomínios achava feios os mendigos do minhocão, achava que aquilo tirava sua liberdade de saias justas e calcas Colcci. Sua mãe, uma patricinha advogada de cara enrugada e esticada, dependendo do ângulo, havia lhe ensinado que pior que os mendigos, deveriam ela ter medo dos bem-vestidos que querem come-la, como eu. E deixá-las como nós. O pai mataria os meninos de rua que limpam os vidros de seu Corolla (carro brega que justifica seus donos quadrados e filhos da puta) mas seu namorado corno não suportava mulheres infiéis.

Uma outra que me beijava a virilha, se classificava como vinda de baixo, e que não suportava os sistemas de cotas, me confessava com um ou dois pentelhos na boca que não cumprimentava uma negrinha metida que havia pego a vaga de sua amiga do sul, porto-alegrense ou curitibana.

... Continuação

continuação...
O pai dessa piranha arrastaria pelo asfalto os Corinthianos, e sua madrasta os nordestinos, principalmente os do estado da serventia de pedreiro, uma de suas empregadas chacinaria os gatos, os felinos mesmo, não sei se essa lavadoura de pratos era sergipana ou piauiense, se bem que pra Hitler isso não faz a menor diferença, nem pra ela, nem pra você.

A terceira, e mais safada das comidas, queria gozar e apressou em citar seu nojinho por ciganas na praça, por crianças com ranho, por cabelos com dreadye. Uma delas, que não vivia sem fumar maconha pra "pensar", odiava ter que buscar no morro e cheirar urina de pobre. Mas agüentava, como todas as meninas que fazem teatro, "fumar unzinho compensa o cheiro de mijo", até arranjar um jovem atorzinho gay que traga pra elas, e cheire bosta por elas, ou por amizade.

Sua mãe mandaria pra Auschwitz os políticos corruptos e os policiais cariocas, seu pai de chinelos havaianas, duas pranchas de surf na Pajero e corrente de R$2.000,00 no pescoço, comprada na Bola de Neve, esbravejava contra os haulies do Tombo, no Guarujá, tinha os "pés atrás" com os espíritas, e achava que "macumbeiro é do diabo e maconheiro é usuário". Sua irmã era feliz pois já havia ligado as trompas. Com um pouco do meu corpo dentro de uma, outro pouco dentro de outra, e uma língua na que sobrava... as ouvia gemer. Nesta noite de sexo e suicidio, observação e gozo, pensei em quantas "raças" sofreria se uma delas se tornassem "doidas pelo poder" e nasceu a idéia.

este texto acima foi escrito por Valter Vanir Coelho, em 05 de Setembro de 2008

Renovando Esperanças

A paulistana Sandra Corveloni, vencedora da Palma de Ouro de Melhor Atriz por Linha de Passe no Festival de Cannes, falou ao Fantástico neste domingo. "Me sinto como uma atleta", disse ela. "Sempre fico muito emocionada nas Olimpíadas e nos Jogo Pan-Americanos. Penso: 'que coisa boa você representar seu País'", acrescentou. Sandra, a segunda brasileira a ganhar o prêmio em Cannes (a primeira foi Fernanda Torres por Eu Sei Que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor), batendo estrelas como Angelina Jolie e Juliana Moore. Walter Salles também falou ao programa e contou que a vitória de Sandra foi uma "surpresa muito boa". "É difícil ver uma atriz que não aparece o filme inteiro marcar tanto", disse. O diretor não poupou elogios à Sandra e disse que ela "incentivou a todos de uma forma muito bonita", sendo o "eixo moral da história".

Achei esta noticia recheada de esperancas, a atores que passaram dos 30, que nao tem "marido" famoso, ou que nao sao icones de beleza, tambem vi com bons olhos o fato de que ela nao eh uma feia-contumaz, ou uma moderninha-youngiana, que faz da polemica um eixo-central. Me parece esta atriz Sandra Corveloni, ser uma Atriz. Como nos velhos tempos, onde quem fazia filmes eram atores. Tomara que ela nao caia nas garras falsas e prostitutivas de Gerald Thomas!

A Sombra do Vento, Em cima do meu Criado-Mudo


Estou lendo "A Sombra do Vento" de Carlos Ruiz Zafon, (editora Suma) geralmente nao gosto de best-sellers, mas comecei a ler este, que jah vendeu mais de 7 milhoes no mundo, pq ganhei de uma pessoa muito especial, sempre leio livros que levem a revelar vidas e historias, e este me surpreendeu. Um livro que conta a historia de um livro, diferente, neh? Um garotinho quer descobrir a historia de um livro raro, que caiu em suas maos, e atravez disso va revelando a historia da Espanha e da contemporaneidade local. Mas uma das coisas que me agradam nas linhas sao frases do autor, e destaquei algumas aqui para vcs. Qdo o autor descreve um bar antigo espanhol ele diz "Ali, qualquer pobre-coitado podia sentir-se por alguns minutos uma figura historica, pelo preco de um expresso", sobre o velho garcon deste mesmo bar "Como pode haver trabalho, se em nosso pais as pessoas nao se aposentam nem depois da morte", sobre o fato de um personagem citar coisas em latim, diz "Nao existem linguas mortas, mas sim, cerebros letargicos", sobre o Ateneu (biblioteca publica de Barcelona) falou: "Um dos lugares onde o seculo 19 nao recebeu a noticia de sua aposentadoria", sobre o porteiro do Ateneu: "O porteiro, ou talvez fosse apenas uma estatua uniformizada". Bom, gosto de nomes e frases, e me aproveitei de algumas delas para indicar-lhes este livro, nao se enganem, apesar de best-seller, este eh muito bom.