terça-feira, 30 de junho de 2009

Larápio...


Fora... Tire essas mãos sujas do nosso dinheiro.

Um adeus sofrido...


Que perda...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael está finalmente feliz...

Quando me falaram que o Michael Jackson havia morrido, imediatamente pensei, "finalmente ele ficou feliz, chegar aos céus e poder viver livremente ao lado de Anjinhos Peladinhos por todos os lados" , sem paparazzi e sem mães mercenárias, querendo milhóes pela venda da virgindade de seus filhos... Agora é só ele e seus anjos barrocos, sem seu pai violênto, sem a chata da Diana Ross, sem o dinheiro maldito, sem os falsos pudores e moralismo ridiculo... num Thriller de si mesmo, viva Michael, o super-astro mais almodovariano de todos os super-astros. E o mundo vai se acabando em barranco e kelly-keys...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Colcha de Mim

uma vez qdo fiquei muito, muito triste, mas nao tao triste para mudar tudo, e nem tao triste para acabar com alguma coisa, mas me sentia tao triste, mas tao triste... q fui para a maquina de costura (que nem sabia direito como funcionava), fucei, fucei, rasguei uns panos, recolhi outros... e costurei... me costurava... apenas costurava... linhas de lágrimas e nós de soluço, mas costurava... furava o dedo, não percebia, furava a alma, alinhavava minha vida... quando percebi os dias, quando acabou o carretel, quando olhei para trás... tinha feito uma colcha de retalhos de 8 metros por 3 de largura... 8 metros de tristeza... 8 metros de cura...

essa colcha virou cenário, ilustrou minha desilusão, ilustrou minha paixão, iludiu minha platéia... alguns criticos gostaram dela, outros conhecedores cênicos a achavam exagerada... mal sabia eles... que no palco estava meu peito rasgado e costurado. 8 metros de mim.

que faço agora...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Livre para Pular - Cordel do Fogo Encantado


Neste sabado, aqui na cidade, no Sesc, fui assistir o show do Cordel do Fogo Encantado, eu estava louco para gritar, suar, pular, soltar os bichos... e foi juntar a fome com a agua morro abaixo. Estava eu com a gana e o descontrole sincero que o desamor nos dá, sabe aquela liberdade que o corpo emite após a rejeição, aquele peito aberto da decepção, onde nada mais faz sentido, por isso achar o sentido no grito, na letra da musica berrada, na dança sem estética, do ritmo desajeitado com jeito de alegria intensa, de saltar no escuro e se salvar no ultimo minuto. Lirinha me fez ser invadido pelo poema, mais uma vez. As lagrimas que escorriam no meu rosto eram misturadas de suor e raiva, de admiração e solidão e de desencanto. Enquanto no palco o divino se expressava, no chão o encantado virava casca, virava comum, caia máscaras pelo chão emborrachado e embaixo da pele especial, via apenas a busca por ser normal. E normal eu não posso ser. E normal eu não quero ser. Por isso pulei, me diverti, gritei, sai de mim... pra voar bem longe e finalmente cair... cair em mim. Saborear cantando o desprezo. Saboreei dançando o desvalor. Saboreei amando o desamor.

domingo, 14 de junho de 2009

Histórias que Eu presenciei!!! Laura Cardoso


Quando fui assistir "Vereda da Salvação" do Antunes Filho, vi Laura Cardoso em cena, contracenando com Luis Mello, me apaixonei por ela, a ví arrastando pelo chão, correndo, atuando e me emocionando, como nunca ninguem havia feito... foi ai que o Zeno Wilde(q iria dirigi-la em "Olhos Negros", e havia me levado ao teatro) me levou até o camarim, eu fui com muita expectativa de dizer elogios rasgados a ela, mas quando a encontrei... fiquei mudo. Ela tirava calmamente a maquiagem com uma toalha de rosto, virou-se para mim parado na porta, o Zeno disse alguma coisa e saiu, e eu apenas olhei para ela. Ela pra se livrar do constrangedor silêncio me perguntou se eu havia gostado, devo ter dito "muito", ou "nossa, e como", mas voltei ao silêncio... Ela se virou ao espelho e me disse: "Vou tirar o resto da maquiagem aqui tá filhinho, se quiser ficar ai, fique a vontade, pode sentar se quiser..." e eu, besta, sentei... e eu que nunca calei a boca pra nada, fiquei ali, quieto, olhando a Laura Cardoso tirar a maquiagem até o fim. Quando ela terminou, Zeno entrou, falou com ela sobre o projeto deles, e saimos. Dei um tchau, um beijinho e falei "Desculpa, mas fiquei sem saber o que te falar!" e a imensa atriz respondeu: "Imagina, um dia teremos muitas coisas a conversar num camarim"! Mexeu no meu longo cabelo e entrou para a eternidade.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Abandono de Maus Hábitos


Tem muita gente que abandona maus hábitos por conta de melhorar a si mesmo, param de comer carne, beber refrigerante, assistir tv aos domingos. Hoje eu fiz o mesmo, a partir de agora não mais pronuncio certas expressões: "A coisa tá preta", troquei por "A coisa tá coreana". Quando tenho muito trabalho no dia seguinte, não falarei mais "amanhã terei um dia de preto", falarei "Amanhã terei um dia de puta", trocarei a expressão "magia negra" por "magia deputada" e por fim... não falarei mais "loira gostosa" e sim "anti-mulata delicia".

Vamos Desfolhar, poema do Lorca


Se as minhas mãos pudessem desfolhar

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva

enviado a mim, pelo grande cineasta e amigo Alexandre Cruz

O Zoo da Cia Truks, fascinante

O Espetáculo trouxe para o palco do Sesc São José, uma idéia aparentemente simples, mas de fundamental importância para as crianças: O estímulo ao processo criativo, à invenção e à criação de novos referenciais imagéticos. A partir de simples objetos do cotidiano, desfilam pela cena mais de uma dezena de divertidas e inusitadas criaturas animadas. Tudo começa quando dois amigos resolvem fazer um Piquenique no Zoológico. Ao encontrarem as portas do parque fechadas, não se intimidam em criar, com muita criatividade e um certo non-sense, o seu zoológico particular, em que bichos são feitos de pratos, panos, garrafas, talhares e tudo o mais que estiver ao alcance de suas mãos. As nada comuns criaturas vivem situações cômicas ou poéticas. Está criado o Zôo-ilógico, possível na imaginação de todos. E aberto, sempre!

Blitz foi ou Ainda é (Virada em S.José)

Uma das bandas precursoras do rock brasileiro. O grupo foi formado no Rio de Janeiro, em 1980. Liderado por Evandro Mesquita, (a Blitz já teve em seu elenco grandes nomes da cena, Fernanda Abreu, Marcia Bulcão, Antônio Pedro Fortuna e Lobão)
Em 82, "Você Não Soube Me Amar", alcançou um sucesso estrondoso, logo seguido pelo álbum "As Aventuras da Blitz", consolidando a banda como fenômeno de massa. Dois anos após o lançamento do terceiro LP — "Blitz 3", de 84 —, a banda se desfez, voltando a se reunir ocasionalmente para shows ou eventos. Com um rock leve, letras bem-humoradas e performance teatral no palco, a Blitz tocou no Rock In Rio de 85 e arrebentou. Em 97, alguns ex-integrantes se reuniram e gravaram o CD "Línguas" e, em 99, veio outro, intitulado “Últimas Notícias”. Na Virada de S.José Evandro, Billy e Juba tocaram juntos novamente e fizeram todos dançarem, Evandro performático fez um show a parte, quem quiser se divertir veja o novo DVD ao vivo, com participações especiais, músicas novas e releituras dos grandes sucessos. Diversão na certa.

Cleyde Yáconis, 84 anos, em "O Caminho para Meca", teatro rejuvenesce


Aos finais das apresentações de "Longa Jornada de um Dia Noite Adentro" (2003), Cleyde Yáconis, que completa 85 anos em novembro deste ano, percorria 34 km pela rodovia Anhangüera ao volante de seu Fusca. Ela mora em um sítio em Jordanésia, encarava a mesma jornada todos os longos dias de espetáculo. No início de 2008, a atriz resolveu fazer um merecido "entreato" (afinal, ela soma mais de meio século de carreira). Não passaram dois meses, no entanto, e ela já estava envolvida nos ensaios de "O Caminho para Meca"que neste sábado (dia 5), as 16h, na Virada Cultural em SJC, volta ao palco do Teatro Municipal.
"Há 58 anos quero descansar. Terminando essa peça, digo que vou descansar, mas não vou", afirma. Cleyde se encantou com o texto do sul-africano Athol Fugard, inédito no Brasil, inspirado na vida de outra artista incansável: Helen Elizabeth Martins (1897-1976). Em seus últimos anos de vida, Helen rompeu com diversos paradigmas sociais ao construir um fantástico sítio escultórico em sua casa, com obras feitas de cimento e vidro moído.
Com direção de Yara de Novaes, o espetáculo mostra um embate de idéias entre Helen, um pastor (Cacá Amaral) e a amiga Elza (Lúcia Romano). Escrita em 1984, a peça tem teor político, por conta do apartheid, mas não se limita às questões ideológicas.
No texto, Helen nunca diz "arte", "criação" ou mesmo "escultura" para definir sua obra. Para a personagem, a palavra-chave é "trabalho". Nisso as duas são muito parecidas. "Sou uma operária", diz Cleyde, que tira da arte a energia para seguir seu caminho. "Em vez de ir ao psicanalista, faço teatro", brinca.