Geraldo Azevedo, na RepublicaChegamos e pegamos as 3 ou 4 últimas músicas, mas já foi de se perceber o quão bonita e sensivel são suas composições, Geraldo é um sertanejo/nordestino sofisticado e como todo nordestino aquece o coração de nós sulistas. Acabou, nos abastecemos de cevada etilica e partimos pra eu apresentar pro meu amigo o Trio Mocotó, mas o americano seguiu para ver o show de luzes do Pq. da Luz.
Trio Mocotó, no Palco Samba-RockO Trio Mocotó "nasceu" em 1968 na Boate Jogral, onde Fritz "Escovão", João "Parahyba" e Nereu "Gargalo" trabalhavam. Na época, a boate paulistana era o grande ponto de encontro da música brasileira e os três contratados da casa acompanhavam diariamente nomes como Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulo Vanzolini, Manezinho da Flauta, além das históricas "canjas" com artistas brasileiros. Uma dessas canjas começou a se tornar frequente: Jorge Ben no violão, Fritz na cuíca, Nereu no pandeiro e Joãozinho com sua mistura de timba e bateria. A batida que nasceu desse encontro, se transformou marca registrada e levou Jorge Ben e o trio definitivamente ao estrelato. E foi essa batida que deu origem ao samba-rock influenciando inclusive o amigo e admirador Tim Maia. O trio acompanhou Jorge em praticamente todas as musicas, Que Pena, Domingas, Take It Easy My Brother Charles e País Tropical.
Em 1969, a moda descobriu a perna feminina, subindo as saias bem acima dos joelhos e enquanto a minissaia escandalizava e fazia sucesso, a coxa feminina ganhava apelido: Mocotó. Como o trio estava sempre brincando com a gíria nova e comentando dos belos "mocotós" que frequentavam o Jogral, começaram a ser chamados informalmente de Trio Mocotó. No Festival Internacional da Canção, os três subiram ao palco ao lado de Jorge e defenderam Charles Anjo 45 debaixo das vaias de um maracanãzinho lotado. E no dia da Virada finalmente eu pude corrigir esse erro histórico e aplaudi-los muito, ah e dancei com eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário