quarta-feira, 27 de maio de 2009

CHICO CÉSAR e O CORDEL DO FOGO ENCANTADO (Se Emocionando com a Virada Cultural, em SP)

Chico César no Teatro Municipal de SP - Depois de 1 hora na fila, conseguimos entrar no Municipal, o CD Aos Vivos marcou a minha vida, e estava ansioso e emocionado por assistir este gênio da música, num cenário tão impressionantemente belo. Musica e Arquitetura, matemática do belo! Chico César é Nascido na Paraíba, aos dezesseis anos foi para João Pessoa, onde se formou em jornalismo pela UFP, ao mesmo tempo em que participava do grupo de poesia Jaguaribe Carne. Aos 21, mudou-se para S.Paulo. Trabalhando como jornalista, aperfeiçoou-se em violão, multiplicou as composições e formou seu público. Sua carreira artística tem repercussão internacional. A maioria de suas canções são poesias de alto poder de encanto lingüístico. Em 91, fez uma turnê pela Alemanha, e o sucesso o animou a deixar o jornalismo para dedicar-se somente à música. Formou a banda Cuscuz Clã e passou a apresentar-se na noite. Já em 95 lançou Aos Vivos. Em 2005 lançou seu Cantáteis, pela editora Garamond.

As 9 da Manhã, depois de ver o sol nascer, vimos a Arte acontecer, o som mais inventivo estava para começar e atropelando pessoas fomos nos render aos pés da voz do poeta nordestino, Lirinha.

O Cordel do Fogo Encantado - Em 1997 um grupo teatral chamou a atenção para Arcoverde-PE. Nascia o espetáculo "Cordel do Fogo Encantado", basicamente de poesia, onde a música ocuparia um espaço de ligação. Na formação, José Paes de Lira, Clayton Barros e Emerson Calado. Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior do estado. Em Recife, o grupo ganhou mais duas adesões que iria modificar sua trajetória: os percussionistas Nego Henrique e Rafa Almeida. Em 99 no Festival Rec-Beat o que era apenas uma peça teatral ganha contornos de um espetáculo musical. Ao lirismo das composições somou-se a força rítmica e melódica dos tambores de culto-africano e a música passou a ficar em primeiro plano. No carnaval pernambucano mais uma vez chamou a atenção de público e crítica e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando visibilidade em outros estados e o status de revelação da música brasileira. Passa a percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e antológicas, surpreendem não somente pela força da mistura sonora ousada de instrumentos percussivos com a harmonia do violão raiz. Em 2001, com produção de Nana Vasconcellos, gravam o primeiro álbum. A evolução artística amplia ainda mais o alcance do som do grupo. Em 2002, o grupo grava o segundo trabalho, produzido por eles mesmos, de forma independente. Lançado no primeiro semestre de 2003, o trabalho foi considerado pela crítica especializada um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos e ganha projeção internacional, com apresentações na Bélgica, Alemanha e França e mais de 20 prêmios (APCA (2001), BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003) e o 2xPrêmio Hangar (2002 e 2003)). No cinema, a banda participou da trilha sonora de "Deus É Brasileiro" e "Lisbela e o Prisioneiro". Lirinha, como é conhecido, também atuou no filme Árido Movie, de 2006. Em outubro de 2005 o Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD "MTV Apresenta", o primeiro registro audiovisual da banda. "Transfiguração", terceiro disco lançado em setembro de 2006, vem borrar ainda mais a linha de fronteira entre as artes cênicas e a música.

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