quarta-feira, 27 de maio de 2009

O MUNICIPAL (Aprendendo com a Virada Cultural em S.Paulo)

Chico César tocou no Municipal, então aproveito para mostrar a vcs a história deste Teatro de arquitetura deslumbrante:

O gosto pela música erudita já havia sido formado por influência da Côrte, tendo grande impulso durante reinado do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina. Na cidade de São Paulo, pequenos teatros cumpriam a tarefa da recepção de companhias internacionais que se apresentavam num circuito já bem conhecido. Inicia-se no ano de 1895, as discussões sobre a construção de um teatro especificamente para ópera com um projeto enviado para a Câmara Municipal que tramita sem sucesso. Em 1898, o Teatro São José é destruído por um incêndio; a Câmara Municipal lança incentivo para o empreendimento da construção do novo teatro, mediante a isenção de impostos. Neste momento, o Escritório Técnico de Ramos de Azevedo apresenta a proposta de construção.
O local escolhido para a construção foi o Morro do Chá, que já abrigava o Novo Theatro São José. Com o projeto as obras foram iniciadas em 1903 e finalizadas em 1911. O estilo arquitetônico é o eclético, em voga na Europa desde a segunda metade do século XIX. São combinados os estilos Renascentista, Barroco do setecentos e Art Nouveau, sendo o último o estilo da época. A inauguração estava marcada para o dia 11 de setembro, mas devido ao atraso na chegada dos cenários da companhia Titta Ruffo, em São Paulo, pois vinham de turnê pela Argentina, foi adiada para 12 de setembro. Houve uma grande aglomeração de pessoas no entorno do teatro, muitas admiradas pela iluminação com energia elétrica vinda de seu interior e pelo entorno. A noite foi iniciada com o trecho da obra “O Guarani”, de Carlos Gomes, devido a pressão da crítica paulistana. Seguiu-se depois a encenação da ópera “Hamlet”, de Ambroise Thomas, com o barítono Titta Ruffo no papel principal.


Atualmente, estando próximo de completar 100 anos, o Theatro Municipal de São Paulo é considerado um dos palcos de maior respeito no país, tendo abrigado apresentações dramáticas e óperas de grandes nomes nacionais e internacionais. Passa por uma novo restauro que será feito na fachada, Salão Nobre, além da reconstituição do Bar da Diana, através da restauração total das pinturas parietais e de teto, devolvendo a este espaço as características da época da inauguração em 1911.

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